De 2005 a 2012, Paulista foi campeão e clássico estadual decidiu Copa do Brasil

Victor e Réver, campeões da Libertadores pelo Atlético-MG, venceram a Copa do Brasil com o Paulista em 2005. Foto: Daryan Dornelles
Victor e Réver, campeões da Libertadores pelo Atlético-MG, venceram a Copa do Brasil com o Paulista em 2005. Foto: Daryan Dornelles

Dando continuidade ao especial de posts sobre os campeões da Copa do Brasil, neste vamos falar dos vencedores de 2005 a 2012. No período, a competição teve pela primeira vez um clássico estadual numa decisão, entre Flamengo e Vasco. Também teve time pequeno sendo campeão e o Corinthians conquistando o tri. Clique aqui para recordar as equipes que levantaram o troféu de 1989 até 1996 e aqui as que conquistaram de 1997 até 2004.

2005 – Campeão: Paulista

Foi a primeira vez que um time pequeno alcançou a conquista máxima da Copa do Brasil. O Paulista de Jundaí bateu o Fluminense na final ao vencer o primeiro jogo por 2 a 0 e empatar o segundo, no Maracanã, por 0 a 0.

O torneio contou com 64 participantes. Foram 331 gols em 117 jogos, média de 2,83. O Cruzeiro aplicou a maior goleada, 7 a 0 no Sergipe, e teve o maior artilheiro, Fred com 14 gols.

2006 – Campeão: Flamengo

Pela primeira vez na história da competição, dois clubes do mesmo estado fizeram a final. Em duas partidas realizadas no Maracanã, o Flamengo bateu o Vasco por 2 a 0 e depois por 1 a 0.

A Copa seguiu com 64 times. Dessa vez foram 343 gols em 113 partidas, média de 3,04. O Vasco da Gama fez o placar mais elástico, ao golear o Botafogo-PB por 7 a 0, e o artilheiro, que foi Valdiram com sete gols.

2007 – Campeão: Fluminense

Após ser vice em 2005, o Fluminense voltava a uma final de Copa do Brasil, dessa vez para ser campeão. Empatou com o Figueirense no Maracanã por 1 a 1 e venceu em Florianópolis por 1 a 0.

Novamente com 64 participantes, foram 327 gols em 115 jogos, média de 2,84. Três resultados registraram as maiores goleadas da edição: Náutico 6 x 0 Parnahyba, Fluminense 6 x 0 Adesg e Vasco 6 x 0 Fast Clube. Os artilheiros foram André Lima, pelo Botafogo; Dênis Marques, pelo Atlético-PR; Dimba, pelo Brasiliense e Victor Simões, pelo Figueirense, todos com cinco gols.

2008 – Campeão: Sport

A edição de 2008 marcou o aniversário de 20 anos da Copa do Brasil. Na decisão, o Sport perdeu para o Corinthians em São Paulo por 3 a 1 e venceu no Recife por 2 a 0.

Mantendo o número de 64 participantes, foram 342 gols em 111 partidas, média de 3,08. O Atlético-MG aplicou a maior goleada ao bater o Palmas por 7 a 0. Edmundo, pelo Vasco e Romerito, pelo Sport, foram os artilheiros com seis gols.

2009 – Campeão: Corinthians

Após perder o título no ano anterior, o Corinthians conquistou o tri ao bater o Internacional na final. Vitória em São Paulo por 2 a 0 e empate em Porto Alegre por 2 a 2.

Manteve-se a quantidade de 64 times. Foram 315 gols em 115 partidas, média de 2,74. As maiores goleadas foram: Atlético-MG 5 x 0 Itabaiana, Ponte Preta 6 x 1 Vilhena, Bahia 6 x 1 Potiguar e Internacional 5 x 0 Guarani. Taison, do Inter, foi o artilheiro com sete gols.

2010 – Campeão: Santos

Encantando o país com a dupla Neymar e Ganso, o Santos foi campeão ao bater o Vitória por 2 a 0 na Vila Belmiro e ao perder por 2 a 1 no Barradão, saindo com a conquista pelo saldo de gols.

Foram 64 times participando, com 340 gols em 116 jogos, média de 2,93. A maior goleada foi do Santos, que venceu o Naviraiense por 10 a 0. Neymar, com 11 gols, foi o artilheiro.

2011 – Campeão: Vasco

O Vasco da Gama foi o campeão por ter feito gols na casa do adversário. Em São Januário venceu por apenas 1 a 0. No Couto Pereira saiu derrotado, também por um gol de diferença, mas marcou dois. O jogo foi 3 a 2.

Também com 64 equipes, foram 315 gols em 111 jogos, média de 2,84. A maior goleada foi do Atlético-MG, que venceu o Iape por 8 a 1. Os goleadores foram Alecsandro, pelo Galo; Rafael Coelho, do Avaí; Adriano e Kléber, pelo Palmeiras, todos com cinco gols.

2012 – Campeão: Palmeiras

Foi uma edição em que a Copa do Brasil teve um campeão que acabou rebaixado pelo Campeonato Brasileiro ao final da temporada. O Palmeiras venceu o Coritiba por 2 a 0 em Barueri e empatou no Couto Pereira por 1 a 1.

Mantendo a quantidade de 64 times, foram 319 gols em 112 jogos, média de 2,85. A maior goleada foi do Cruzeiro, que venceu o Rio Branco por 6 a 0. O artilheiro foi Luis Fabiano, pelo São Paulo, com oito gols.

Primeira visita ao Maracanã depois da reforma gera impressão positiva

Serviços como de informação e bar, superaram as expectativas. Foto: Uma gringa simpática
Serviços como de informação e bar superaram as expectativas. Da esquerda para direita: Rodrigo, André, Luiz e Wilson. Foto: uma gringa simpática

Quando saí da estação do metrô, ainda na rampa de acesso, fiquei olhando admiradamente para o Maracanã. Não por alguma mudança ocasionada pelas obras, mas sim por estar mais uma vez diante do templo que me fez e até hoje me faz ter a exata noção do que é o futebol.

Enquanto os amigos de Minas Gerais, André Peixoto, Luiz Felipe Nunes e Rodrigo Souza Alexandre tiravam fotos aproveitando o favorável ângulo disponível no início da insubstituível rampa que liga o metrô a entrada do estádio, passava um filme pela minha cabeça das várias emoções vividas dentro do Maracanã.

Na volta quase completa que demos em torno do estádio para comprar os ingressos de Botafogo 1 x 2 Bahia, uma enorme quantidade de pessoas vestidas a caráter se colocavam a nossa disposição nos oferecendo qualquer tipo de informação que precisássemos. E graças a esse serviço informativo não perdemos tempo na bilheteria errada nem na fila desnecessária.

Ao entrar no estádio, antes mesmo de chegar à arquibancada, outra surpresa. As novas lanchonetes estão com uma roupagem – bem mais simpática e moderna – completamente diferente do antigo (e histórico) Maraca. Mais surpreendente ainda é que ao contrário do que imaginávamos, havia uma agradável gama de opções de comida e bebida com preços dentro de uma realidade para tal.

Ao completarmos a passagem pelo túnel de acesso, a visão que estávamos tão ansiosos para ter. A beleza que até então eu tinha constatado pela televisão se confirmou ao vivo e a cores. Diferente, é verdade. Bem mais contemporâneo, praticamente outro estádio.

É óbvio que o antigo formato do Maracanã ficará eternamente guardado na memória do torcedor carioca, ainda mais porque existiu numa época de verdadeiros clássicos, de arquibancada transbordando de gente, de bandeiras e bandeirões para todo tipo de festa. Hoje temos uma nova aparência, bem mais moderna. Mais bonito ou mais feio é subjetivo, vai da opinião de cada um. O fato é que isso é uma questão de costume.

Evidentemente, se os outros três grandes clubes do Rio de Janeiro, assim como o Botafogo, estivessem fortes, e se o preço do ingresso fosse mais acessível (o Glorioso já não está cobrando tão caro, o Fluminense está fazendo uma promoção calorosa e o Flamengo está diminuindo o valor aos poucos) esse processo de aproximação do gosto popular com o novo Maraca seria bem mais natural.

A tarde/noite foi bastante agradável no novo principal estádio do Rio de Janeiro na companhia dos amigos mineiros. E para finalizar, um pedido a todos. Vamos cultivar nossa rica história futebolística. Por aqui, nada de arena. É estádio de futebol mesmo!

Será muito mais fácil se acostumar com o novo Maraca quando ele passar a ficar verdadeiramente cheio. Foto: Luiz Felipe Nunes
Será muito mais fácil se acostumar com o novo Maraca quando ele passar a ficar verdadeiramente cheio. Foto: Luiz Felipe Nunes

Rogério Ceni, Abel Braga e Carlos Tevez estão contrariados com algumas questões

No último ano da carreira, Rogério vê São Paulo se afundar numa crise. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
No último ano da carreira, Rogério vê São Paulo se afundar numa crise. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

“Se tivesse toda influência que ele acha que tenho, ele estaria no olho da rua há muito tempo. Não esperaria se tivesse o poder de decisão”.

Rogério Ceni não gostou nada de saber que Ney Franco, ex-treinador do São Paulo, disse que o capitão do Tricolor Paulista teria exercido influência em decisões importantes e minado Lúcio e Ganso dentro do elenco, por ter sido contrário às contratações dos dois.

O desentendimento entre técnico e goleiro vem desde o ano passado, quando Rogério pediu a entrada de Cícero num jogo diante da LDU pela Sul-Americana. Ney reprovou o pedido, colocou William José, discutiu com o capitão do time ainda em campo e afirmou em coletiva que ele, Ney Franco, era quem mandava.

“Confesso que sua última entrevista me decepcionou. Não gostei da maneira como ele falou. Eu acreditava nele como também nos demais. Assim, não me magoou, mas achei desproposital”.

Essa fala é do técnico Abel Braga, sobre Felipe, que afirmou que não aguentaria ficar o tempo que ficou na reserva do Fluminense se fosse mais novo. Segundo o jogador, ele era mais explosivo. Agora com Luxemburgo, o meia já participou das duas partidas cujas quais o tricolor foi comandado pelo novo técnico. Vale lembrar que Abel e Felipe trabalharam juntos no Flamengo, de 2004 a 2005, quando o atleta viveu um dos bons momentos da sua carreira.

“Já é passado para mim. Se falo, parece que peço para voltar. Quando me perguntam, digo o que sinto. Já me esqueci do tema, não tenho mais nada o que dizer”.

Carlitos Tevez tenta mostrar que não liga mais para a seleção argentina, mas deixa transparecer a chateação por ter sido “esquecido” pelo técnico Alejandro Sabella. Antes de Lionel Messi conseguir repetir boas atuações com a camisa dos hermanos, Tevez era o ídolo do povo argentino quando o assunto era seleção.

Grêmio e Cruzeiro são os maiores campeões da Copa do Brasil. Confira ranking completo!

Briga pelo troféu da Copa do Brasil fica mais acirrada com times da Libertadores. Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com
Briga pelo troféu da Copa do Brasil fica mais acirrada com times da Libertadores. Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com

Bolinhas caíram e confrontos, assim como mandos de campo, foram sorteados para as oitavas de final da Copa do Brasil 2013. Grande embates já se formaram para esta que deverá ser a edição mais concorrida dentre as últimas da competição. Com a aparente valorização do torneio, que agora conta também com equipes participantes da Taça Libertadores da América, a quantidade de títulos da copa brasileira conquistada pelos grandes clubes do Brasil também entrará em pauta. É por isso que Fator Futebol traz esse histórico a cena.

Grêmio e Cruzeiro: os maiores campeões

Grêmio e Cruzeiro são os maiores vencedores da história da Copa do Brasil. Cada um possui quatro títulos. Os gaúchos também foram os primeiros a levantar esse troféu, em 1989. As outras três conquistas vieram em 1994, em 1997 e em 2001. Já os mineiros, levaram a taça para a Toca da Raposa nos anos de 1993, 1996, 2000 e 2003.

Flamengo, Palmeiras e Corinthians: outros grandes vencedores do torneio

Esses três times formam o grupo dos que já ganharam mais de uma Copa do Brasil, mas que ainda correm atrás de Grêmio e Cruzeiro. Primeiro destaque para o Corinthians. O Timão possui três títulos (1995, 2002 e 2009) e esse ano luta para entrar no hall dos maiores campeões. Segundo destaque para o Palmeiras. Embora tenha duas conquistas, é o atual campeão e tentará manter o posto este ano. O primeiro título veio em 1998. Já o Flamengo também tem sua tradição na competição.Já disputou cinco finais e ganhou duas: 1990 e 2006.

Outros campeões

Os demais integrantes do G12 que já foram campeões são Fluminense (2007), Vasco da Gama (2011), Internacional (1992) e Santos (2010). Completam ainda a lista de vencedores Sport (2008), Criciúma (1991), Juventude (1999), Paulista (2005) e Santo André (2004).

Saiba mais

Luiz Felipe Scolari é o treinador que mais coleciona títulos do torneio, com quatro conquistas. Ele foi campeão em 91 dirigindo o Criciúma, em 94 pelo Grêmio e pelo Palmeiras em 98 e em 2012.

Fator Futebol ainda fará outros posts contando a história das edições da Copa do Brasil, que agora mais do que nunca, contando com todos os grandes, preenche aquele vazio de mata-mata nacional deixado desde o Campeonato Brasileiro 2002 (2003 foi o primeiro ano da disputa por pontos corridos).

 

Lewandowski se irrita com Borussia, Luxa ameaça Flamengo e presidente critica outro

É quase certa a ida de Lewandowski para o Bayern. Só não se sabe quando... Foto: Getty Images
É quase certa a ida de Lewandowski para o Bayern. Só não se sabe quando… Foto: Getty Images

“Não escondo que me sinto enganado. Os dirigentes do clube me falaram coisa e depois fizeram outra diferente do que nós acordamos”.

Prometeu e não cumpriu. Robert Lewandowski não escondeu o descontentamento com a direção do Borussia Dortmund. Recentemente, ele já havia revelado ter problemas com gente do clube. Fato é que o Bayern está interessado nele, mas o clube de Dortmund não quer perder um dos seus principais jogadores, a exemplo do que aconteceu com Mario Götze.

“Eu não vou abrir mão de ser flamenguista e quando encerrar minha carreira vou querer ajudar o clube de alguma maneira. Mas hoje eu quero bater no Flamengo toda vez que enfrentá-lo no comando do Fluminense”.

Tem cachorro nesse mato. Durante coletiva do seu anúncio no Tricolor das Laranjeiras, Luxemburgo não falou apenas como treinador rival do Flamengo, mas também como adversário político da atual diretoria rubro-negra. Vale lembrar que no final do ano passado Luxa não apenas votou em Patrícia Amorim como declarou apoio a ex-presidente. Já este ano, o treinador manifestou interesse em presidir o clube do seu coração a partir de 2016.

“Não dá para fazer nenhum tipo de comentário sobre o vídeo, que em si é patético. Exigir de mim qualquer tipo de resposta é perda de tempo. Há coisas muito mais importantes para o presidente do Botafogo fazer do que dar uma resposta para esse tipo de coisa”.

Enquanto Luxemburgo ameaça de lá, Maurício Assumpção, presidente do Botafogo, responde de cá. Ou melhor, evita resposta. Mas o mandatário botafoguense não deixou de classificar a atitude do mandatário flamenguista Eduardo Bandeira de Mello, que cantou a música do chororô durante o clássico entre as duas equipes.

Novo técnico do Fluminense, Luxemburgo não ganha título importante desde 2004

"Rápida no gatilho", Luxa dá coletiva e comanda treino no mesmo dia do seu anúncio. Foto: Roberto Filho/Globoesporte.com
“Rápida no gatilho”, Luxa dá coletiva e comanda treino no mesmo dia do seu anúncio. Foto: Roberto Filho/Globoesporte.com

Escolhido para tirar o Fluminense da zona de rebaixamento, Vanderlei Luxemburgo é o técnico que mais conquistou troféus do Campeonato Brasileiro: cinco. No entanto, não possui nenhum título internacional. O último de expressão conquistado por ele aconteceu quando treinava o Santos, que conquistou o Brasileirão de 2004. Na ocasião, o Peixe marcou 103 gols e sofreu 58. Foram 27 vitórias, oito empates e 11 derrotas, que totalizam um aproveitamento de 64%, curiosamente o mesmo percentual atingido no Grêmio, último trabalho do treinador.

De lá para cá, Luxa levantou apenas taças estaduais. Pelo próprio Santos foi campeão paulista em 2006 e 2007. No Palmeiras, voltou a vencer o Paulistão em 2008. No Atlético-MG, foi campeão mineiro em 2010 e no Flamengo ganhou o Cariocão 2011 de forma invicta. Sendo que nessas duas últimas conquistas, Luxemburgo ainda foi eleito o melhor treinador da competição.

Antes de ser campeão brasileiro pelo Santos, Vanderlei conquistou o troféu mais importante do país pelo Palmeiras em 93 e 94, pelo Corinthians em 98 e pelo Cruzeiro em 2003, que aliás foi uma temporada perfeita para a Raposa. Além do nacional e do estadual, o time também foi campeão da Copa do Brasil, garantindo assim a tríplice coroa por aquele que era apontado como o melhor time do país.

Vanderlei Luxemburgo já mostrou sua capacidade de técnico logo no início da carreira, quando levou o Bragantino a conquista do Campeonato Brasileiro da Série B em 89 e do Paulistão, em 90.

Famoso pelo costume de exaltar seus projetos nos clubes pelos quais trabalha, dessa vez Luxa viverá uma realidade não muito comum para a sua carreira. Seu contrato com o Fluminense vai até dezembro de 2013, apenas. Conta a seu favor o fato de Fred, líder do grupo tricolor, ter apoiado sua chegada às Laranjeiras, onde o técnico já realizou trabalhos nas categorias de base no final dos anos 80.

Blog faz ranking de títulos dos 12 maiores clubes do Brasil

R10 foi fundamental para colocar o Atlético-MG em outro patamar. Foto: Vanderlei Almeida/AFP Photos
R10 foi fundamental para colocar o Atlético-MG em outro patamar. Foto: Vanderlei Almeida/AFP Photos

Com o título da Libertadores, o Atlético-MG mudou de patamar quando o assunto são conquistas dos ditos 12 grandes clubes do país. Se antes ele estava no grupo dos que ainda não possuem título internacional importante, agora o Galo muda de lado e pode se gabar do feito desta última quarta-feira.

A propósito, o Fator Futebol resolveu fazer um ranking dos títulos mais importantes dessas agremiações. Porém, vale ressaltar que este post não tem a pretensão de medir tamanho dos clubes de um modo geral, porque há vários outros aspectos que não vem ao caso nessa discussão que é exclusivamente sobre títulos.

Para chegarmos a uma pontuação, foi feita a seguinte divisão de pesos:

Peso 1 (4 pontos) – Mundial (seja o intercontinental ou o pós-2000);

Peso 2 (3 pontos) – Taça Libertadores da América (primeiro escalão continental na América do Sul);

Peso 3 (2 pontos) – Campeonato Brasileiro (primeiro escalão nacional)

Peso 4 (1 ponto) – Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e afins precursores (segunda escalão em seus patamares).

Os títulos de “peso 1” possuem duas fases na história. De 1960 até 2004, os campeões da Libertadores e da UEFA se enfrentavam pelo Intercontinental. Em 2000 a FIFA apresentou ao mundo como seria seu novo campeonato que definiria o campeão mundial de clubes. Essa competição entrou em vigor em 2005.

Já os de “peso 4”, tanto a Copa do Brasil como a Copa Sulamericana – e suas versões anteriores – estão com o mesmo peso nessa avaliação por serem competições secundárias dentro do seu patamar (nacional e internacional).

Feita a soma total, veja como ficou nosso ranking:

1º São Paulo – 38 pontos

3 Mundiais – 12

3 Libertadores – 9

6 Brasileirões – 12

5 Secundários* – 5 pontos

*(Supercopa Sul-Americana 1993; Copa Conmebol 1994; Recopa Sul-Americana 1993 e 1994 e Copa Sul-Americana 2012)

2º Santos – 37 pontos

2 Mundiais – 8

3 Libertadores – 9

8 Brasileirões – 16

4 Secundários* – 4 pontos

*(Supercopa Sul-Americana 1968; Copa Conmebol 1998; Copa do Brasil 2010 e Recopa Sul-Americana 2012)

3º Corinthians – 25 pontos

2 Mundiais – 8

1 Libertadores – 3

5 Brasileirões – 10

4 Secundários* – 4 pontos

*(Copa do Brasil 1995, 2002 e 2009; Recopa Sul-Americana 2013)

4º Flamengo – 22 pontos (desempata com o Palmeiras por conta do Mundial)

1 Mundial – 4

1 Libertadores – 3

6 Brasileirões – 12

3 Secundários* – 3 pontos

*(Copa do Brasil 1990 e 2006 e Copa Mercosul 1999)

5º Palmeiras – 22 pontos

1 Libertadores – 3

8 Brasileirões – 16

3 Secundários* – 3 pontos

*(Copa 1998 e 2012; Copa Mercosul 1998)

6º Internacional – 20 pontos

1 Mundial – 4

2 Libertadores – 6

3 Brasileirões – 6

4 Secundários* – 4 pontos

*(Copa do Brasil 1992; Recopa Sul-Americana 2007 e 2011; Copa Sul-Americana 2008)

7º Grêmio – 19 pontos

1 Mundial – 4

2 Libertadores – 6

2 Brasileirões – 4

5 Secundários* – 5 pontos

*(Copa do Brasil 1989, 1994, 1997 e 2001; Recopa Sul-Americana 1996)

8º Cruzeiro – 17 pontos

2 Libertadores – 6

2 Brasileirões – 4

7 Secundários* – 7 pontos

*(Copa do Brasil 1993, 1996, 2000 e 2003; Recopa Sul-Americana 1998; Supercopa Sul-Americana 1991 e 1992)

9º Vasco – 13 pontos

1 Libertadores – 3

4 Brasileirões – 8

2 Secundários* – 2 pontos

*(Copa Mercosul 2000 e Copa do Brasil 2011)

10º Fluminense – 9 pontos

4 Brasileirões – 8

1 Secundário* – 1 ponto

*(Copa do Brasil 2007)

11º Atlético-MG – 7 pontos

1 Libertadores – 3

1 Brasileirão – 2

2 Secundários* – 2 pontos

*(Copa Conmebol 1992 e 1997)

12º Botafogo – 5 pontos

2 Brasileirões – 4

1 Secundário* – 1 pontos

*(Copa Conmebol 1993)

Algumas considerações finais:

Se o Sport pertencesse ao G12, o Fator Futebol contabilizaria o título brasileiro de 87 como de segundo escalão. Apesar de ser chancelado pela CBF, não foi disputado pelos melhores times do país à época. Por ter vencido uma competição com a elite de 87, a Copa União conquistada pelo Flamengo é considerado de primeiro escalão, portanto tem peso 3. Como o Mundial de Clubes da FIFA de 2000, vencido pelo Corinthians, deu início ao mundial atual e contou com equipes tradicionais, tem peso 1.

Os Estaduais não estão sendo levados em conta nesta análise por ser tratar de algo particular de estado para estado, sem contar que são competições cada vez menos importantes nos centros futebolísticos do país, ao contrario do que acontece em outras praças menos tradicionais. Os regionais como Rio-SP existiram apenas num pequeno período da história, por isso também não estão sendo levados em consideração.

A Copa Conmebol foi um torneio secundário da América do Sul de 92 a 99. A Supercopa Sul-Americana foi outro torneio secundário da América do Sul de 88 a 97. É isso mesmo que você está se perguntando. Em dados momentos da história, a América do Sul chegou a ter mais de um torneio secundário sendo disputado na mesma temporada.

Já a Recopa Sul-Americana é um torneio que reúne o campeão da Libertadores (que desde seu primeiro ano de disputa é considerado o mais importante da América do Sul) e o campeão de um desses torneios secundários já citados, dependendo da temporada. Como a Recopa existiu de 89 até 98 e depois só voltou a existir em 2003, e por isso não possui tanta tradição, o blog Fator Futebol também a considera um troféu de segundo escalão.

‘Piadista’ Renato Silva não está preocupado com ‘pegador’ Fred

Renato disputará seu primeiro clássico pelo Vasco no Maraca. Foto: Site oficial do Vasco
Renato disputará seu primeiro clássico pelo Vasco no Maraca. Foto: Site oficial do Vasco

“Eu não ando de moto no trânsito e também não tenho cabelo longo. Estou fora!”.

Em tom de brincadeira, o zagueiro do Vasco Renato Silva respondeu aos jornalistas se o atacante Fred iria pegá-lo.

Quem não está para brincadeiras é a diretoria vascaína. Roberto Dinamite chegou a sugerir aos seus torcedores que boicotassem o clássico com o Fluminense, já que a diretoria tricolor não aceitou ceder o tradicional lado cruzmaltino na arquibancada do Maracanã.

Os planos de Roberto foram por água abaixo duplamente. Além de Peter Siemsen ter ficado irredutível quanto a ocupação, a torcida do Vasco já adquiriu mais de 10% da carga. É nesse espírito que o Rio de Janeiro terá seu primeiro clássico no Maraca após a reforma do estádio.

Cavalieri: “Estou puto comigo mesmo”

Goleiro terá conversa com o técnico Abel. Foto: André Durão/Globoesporte.com
Goleiro terá conversa com o técnico Abel. Foto: André Durão/Globoesporte.com

“Estou puto comigo mesmo, é difícil achar um porquê. Eu me dedico no treino, estou no peso, não saio à noite, não fico bebendo. É ter cabeça no lugar”.

Diego Cavalieri, que falhou no gol olímpico de Forlán, o terceiro do Internacional, se mostrou bastante irritado consigo após o jogo. O goleiro demonstrou não entender o motivo das falhas, mas assumiu a culpa por uma derrota mais uma vez, assim como tinha ocorrido na derrota no clássico com o Botafogo.

Minutos após o terceiro tento colorado, um grupo de torcedores tricolores ensaiou uma vaia ao arqueiro, mas outro grupo, bem maior, acabou abafando as vaias com os gritos de “Ah, Cavalieri! Ah, Cavalieri!”.

O fato é que o Fluminense ainda não conseguiu digerir a perda de dois dos mais importantes jogadores no título brasileiro de 2012: Thiago Neves e, principalmente, Wellington Nem.

Na Arena do Grêmio, Flu sentiu o que faz falta em casa

No Sul, Cavalieri aparece socando a bola. No Rio, os torcedores quase não aparecem. Foto: Agência O Globo.
No Sul, Cavalieri aparece socando a bola. No Rio, os torcedores quase não aparecem. Foto: Agência O Globo.

Embora não tenha vencido, o Grêmio se aproveitou de algo que tem faltado ao Fluminense (e aos demais times do Rio de Janeiro), que foi o apoio maciço da sua torcida. A expectativa era de lotação geral e recorde de público. Alguns lugares ficaram vagos porque alguns sócios-torcedores não compareceram, mas visualmente a impressão era de estádio faltando pouco para estar lotado (em que pese o setor atrás de um dos gols interditado).

Essa pressão da torcida, uma arma tão importante, e que só é possível aos times de Rio de Janeiro, sobretudo Flamengo, Fluminense e Botafogo quando jogam no Maracanã, tem feito muita falta. Indiscutivelmente ela não ganha jogo, mas certamente ajuda a motivar mais os jogadores a entrarem mais ligados. Historicamente, todo mundo no Grêmio reconhece que esse apoio sempre foi fundamental para as conquistas gremistas. E entre os cariocas não é diferente.

Estruturalmente, o Engenhão não permite que isso aconteça com tanta força, pois sua acústica é horrível. Em qualquer outro estádio que vá jogar, seja em São Januário (que o time das Laranjeiras não costuma lotar, pelo menos recentemente), em Moça Bonita ou no Raulino de Oliveira (esses dois últimos possuem capacidade aquém para serem chamados de caldeirão), a possibilidade do time receber pressão positiva dos seus torcedores é bem mínima.

Esse período sem o principal estádio da cidade serviu, principalmente para a dupla Fla e Flu, observarem que sem um caldeirão próprio, depender única e exclusivamente do Maracanã é sim muito ruim. Ainda mais pelo fato do agora interditado João Havelange nunca ter caído no gosto do povo carioca.

O tempo urge e esses clubes não se mexem nesse sentido. Preferem esperar pra ver o que vai acontecer no obscuro processo de licitação do velho-novo Maracanã. Poderiam reformar um estádio pertencente a um clube menor da cidade, como o Ítalo Del Cima em Campo Grande, o próprio Moça Bonita em Bangu ou a Arena da Ilha, na Ilha do Governador, aumentando a capacidade para algo entre 30 e 35 mil lugares, pelo menos, pra desempenhar um papel de segunda casa.

É absolutamente inaceitável clubes campeões brasileiros jogarem de improviso, pegando emprestada a casa dos outros, durante todo esse tempo. Ocorre que, infelizmente, ao que tudo indica, eles continuarão esperando. Para continuarem dependentes.