A base do Santos revive: Neilton, o moleque da vez

Neilton comemora primeiro gol no jogo contra a Lusa. Foto: Ricardo Saibun/AGIF
Neilton comemora primeiro gol no jogo contra a Lusa. Foto:
Ricardo Saibun/AGIF

Após Robinho se indignar a ponto de afirmar que não volta mais ao Santos enquanto a atual diretoria estiver no comando, Neilton entrou em campo neste sábado para mostrar que nem tudo está perdido na Vila Belmiro. Se o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro sofre questionamentos internos com conselheiros pedindo sua cabeça, a base santista permanece firme e dá mostras que pode revelar outras gratas surpresas para o mundo do futebol brasileiro.

É lógico que, assim como o novo camisa 11 do Peixe, outros garotos como Vitor Andrade, Pedro Castro, Gasparotto, Leandrinho, Leo Citadinni e Giva ainda irão passar por variáveis no rendimento dentro da equipe profissional. É muito difícil um atleta sair da base e manter uma regularidade acima da media na categoria principal. Até Neymar passou por “baixos”, embora no geral tenha saído do clube com mais momentos de “alta”. No jogo anterior, contra o Crac pela Copa do Brasil, a mais nova joia da Vila teve atuação bastante discreta.

Já na goleada contra a Portuguesa por 4 a 1, Neilton marcou dois gols em uma bela atuação. No primeiro, mostrou oportunismo e faro de gol ao aproveitar cruzamento de Montillo. É bem verdade que a defesa da Portuguesa, desarrumada, falhou de forma imperdoável. No terceiro do Santos e segundo dele no jogo, o garoto recebeu a bola no lado esquerdo da grande área, deu um belo drible em Luis Ricardo mostrando habilidade e finalizou bem, no cantinho, como deve ser feito por um atacante.

Apesar do pouco tempo no profissional (no início do ano jogou a Copa SP, quando ainda era reserva nos juniores), já dá pra apontar uma característica em Neilton que lhe dá pelo menos uma vantagem em relação à Neymar. Ele permanece mais ‘em pé’ que o ex-santista. Outra impressão é que ter ficado com Claudinei Oliveira, que era técnico do time júnior, está sendo melhor do que ter “vendido o clube” a Bielsa. Claudinei está fazendo o tal “time ruim” evoluir mesmo sem sua ex-estrela, coisa que Muricy Ramalho já mostrava ter dificuldades para fazer.

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