Demissão de técnico no Brasil: contrata quem?

O trabalho de Diego Aguirre no Internacional tem uma importância muito maior do que imaginam os torcedores colorados, que claro, estão pensando em ganhar a Taça Libertadores e o Campeonato Brasileiro. O técnico uruguaio pode fazer uma revolução no Brasil, mesmo que involuntariamente.

No início de abril deste ano, Muricy Ramalho se desligou do São Paulo para resolver problemas de saúde (pedras na vesícula e diverticulite). Milton Cruz assumiu o time, mas até hoje ninguém sabe se como interino ou efetivo. A diretoria chegou a procurar um substituto e três nomes foram divulgados pela imprensa: Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo e Alejandro Sabella.

O primeiro já estava certo com um time do Oriente Médio e logo ficou distante do Tricolor, assim como Luxa, que a diretoria são-paulina não se empenhou tanto por ele estar trabalhando no Flamengo. O argentino foi quem, de fato, abriu negociações com o clube do Morumbi. Mas o acerto também não veio porque Sabella está de olho no futebol europeu e também tinha a possibilidade de acerto com o Manchester City.

Apesar dessa movimentação do São Paulo, onde especula-se que Jorge Sampaolli, do Chile, seja outro nome desejado, ainda existe uma barreira para os clubes brasileiros contrarem treinadores estrangeiros. Prova disso é que na Série A Aguirre é o único técnico “de fora” comandando um time. E ele tem boas chances de ganhar ou ao menos fazer boa campanha na Taça Libertadores, o que pode representar um marco.

Caso ele chegue ao título, este que vos escreve acredita que os demais clubes brasileiros se inspirarão ao buscarem treinador nos países vizinhos, sobretudo Argentina e Uruguai. Na própria Libertadores, não são poucos os exemplos de equipes visivelmente inferiores às brasileiras, mas que fazem jogo complicado ou até jogam melhor pela arrumação e dedicação tática, que é possível notar faltar em times do Brasil.

Outro fator importante que torna ainda mais urgente esse intercâmbio de treinadores no Brasil é a falta de opção no mercado interno. Se o São Paulo pensar em outro nome brasileiro, ninguém saberá dizer um que seja forte. E isso vale para qualquer outro clube grande que pensar em trocar o comandante. Disponíveis, Dorival Júnior, Cristóvão Borges e Vagner Mancini estão longe de serem opções com apelo para quem, teoricamente, está no Brasileiro para brigar por G4.

Curiosamente, pela tão criticada dança das cadeiras do futebol brasileiro pode-se começar forçadamente a desejada reformulação nos campos do Brasil. Pelo menos nas ideias para comando das equipes, para tentar solucionar a defasagem tática que vemos no país que foi eliminado de uma Copa do Mundo, em casa, levando 7 a 1, fora o baile, da Alemanha.

2 comentários sobre “Demissão de técnico no Brasil: contrata quem?

  1. Seria muito bom e revolucionário se Diego Aguirre vence a Libertadores. Por aqui, há muita restrição contra estrangeiros e o uruguaio está dando show.
    Bom rever o amigo com postagens.
    Abraços

    1. Fala, meu Amigo Mauricio!

      Fico feliz por ver seu comentário aqui.

      Estou voltando aos poucos, com uma frequência ainda baixa. Mas a ideia é fazer pelo menos de 4 a 5 posts por mês.

      Abs!

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