Demissão de técnico no Brasil: contrata quem?

O trabalho de Diego Aguirre no Internacional tem uma importância muito maior do que imaginam os torcedores colorados, que claro, estão pensando em ganhar a Taça Libertadores e o Campeonato Brasileiro. O técnico uruguaio pode fazer uma revolução no Brasil, mesmo que involuntariamente.

No início de abril deste ano, Muricy Ramalho se desligou do São Paulo para resolver problemas de saúde (pedras na vesícula e diverticulite). Milton Cruz assumiu o time, mas até hoje ninguém sabe se como interino ou efetivo. A diretoria chegou a procurar um substituto e três nomes foram divulgados pela imprensa: Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo e Alejandro Sabella.

O primeiro já estava certo com um time do Oriente Médio e logo ficou distante do Tricolor, assim como Luxa, que a diretoria são-paulina não se empenhou tanto por ele estar trabalhando no Flamengo. O argentino foi quem, de fato, abriu negociações com o clube do Morumbi. Mas o acerto também não veio porque Sabella está de olho no futebol europeu e também tinha a possibilidade de acerto com o Manchester City.

Apesar dessa movimentação do São Paulo, onde especula-se que Jorge Sampaolli, do Chile, seja outro nome desejado, ainda existe uma barreira para os clubes brasileiros contrarem treinadores estrangeiros. Prova disso é que na Série A Aguirre é o único técnico “de fora” comandando um time. E ele tem boas chances de ganhar ou ao menos fazer boa campanha na Taça Libertadores, o que pode representar um marco.

Caso ele chegue ao título, este que vos escreve acredita que os demais clubes brasileiros se inspirarão ao buscarem treinador nos países vizinhos, sobretudo Argentina e Uruguai. Na própria Libertadores, não são poucos os exemplos de equipes visivelmente inferiores às brasileiras, mas que fazem jogo complicado ou até jogam melhor pela arrumação e dedicação tática, que é possível notar faltar em times do Brasil.

Outro fator importante que torna ainda mais urgente esse intercâmbio de treinadores no Brasil é a falta de opção no mercado interno. Se o São Paulo pensar em outro nome brasileiro, ninguém saberá dizer um que seja forte. E isso vale para qualquer outro clube grande que pensar em trocar o comandante. Disponíveis, Dorival Júnior, Cristóvão Borges e Vagner Mancini estão longe de serem opções com apelo para quem, teoricamente, está no Brasileiro para brigar por G4.

Curiosamente, pela tão criticada dança das cadeiras do futebol brasileiro pode-se começar forçadamente a desejada reformulação nos campos do Brasil. Pelo menos nas ideias para comando das equipes, para tentar solucionar a defasagem tática que vemos no país que foi eliminado de uma Copa do Mundo, em casa, levando 7 a 1, fora o baile, da Alemanha.

Papo sincero com os torcedores do Flamengo

Não temos time para ser campeão brasileiro. Também não temos time para brigar pelo G4. Não com esse elenco atual.

A atuação contra o reserva do São Paulo foi abaixo do esperado. Gabriel e Everton não funcionaram como em alguns momentos do Carioca, o que era previsível visto o nível baixo de exigência na disputa estadual. Consequentemente, Marcelo Cirino também pouco pôde fazer.

A defesa, por outro lado, foi provocada como ainda não tinha sido nesta temporada. Em 2015 o Flamengo não tinha experimentado o que era enfrentar adversários do quilate de um Alenxandre Pato, Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano. Deu no que deu.

Mas nós também não temos time para brigar contra o descenso (tem gente na nossa frente nesse quesito). Situação, aliás, que tem um sabor amargo que infelizmente conhecemos bem. Isso é preciso ser dito pois há um indicativo que críticas ao trabalho de Vanderlei Luxemburgo se intensificarão.

Criticar o atual técnico do Flamengo seria até uma questão de justiça, visto que no somatório pré-temporada, Campeonato Carioca e período em Atibaia não vimos evolução do time, ainda que o elenco seja reconhecidamente limitado.

No entanto, “chutar o pau da barraca” nesse momento pode ter um efeito devastador. O Flamengo é um imã de crise e pressão. E isso é elevado a enésima potência quando o clube atravessa ano de eleição – que é o caso. E mais: se o Luxa for demitido vão trazer quem?

Jayme de Almeida não é mágico e também apresentou pontos que geraram críticas da torcida. Colocá-lo para assumir o time seria mais ou menos parecido como contratar o Cristóvão Borges (talvez o nome mais aceitável dentre os disponíveis). O começo possivelmente animador, mas por todos os motivos já tradicionalmente conhecidos (principalmente qualidade do elenco) haveria um prazo de validade.

Embora não fosse para nos deixar surpresos, a derrota para o São Paulo foi ruim. Mas uma precipitação no excesso de cobrança ainda no começo do Campeonato Brasileiro pode forçar uma catástrofe na qual ainda é absolutamente possível evitar.

Roberto Firmino já é o novo xodó da seleção brasileira?

Firmino com sua filhinha, que completou um mês de vida. Foto: Instagram
Firmino com sua filhinha, que completou um mês de vida. Foto: Instagram

Autor do gol da vitória do Brasil contra o Chile, em amistoso realizado neste domingo em Londres, Roberto Firmino vem ganhando destaque entre a torcida brasileira. E a tendência é ter seu nome cada vez mais pronunciado, uma vez que já é figura praticamente certa na convocação de Dunga para a Copa América. A lista será divulgada em maio e a competição se inicia em junho.

Mas será que a galera já está por dentro da trajetória desse jovem atacante, de apenas 23 anos, que atua no Hoffenheim da Alemanha?

Destro, com 1,81m de altura, nascido em Maceió em 1991, Firmino já está na sua terceira temporada pelo clube alemão. Em 2012/13, foram 36 jogos e sete gols, sendo cinco na Bundesliga e dois na Copa Alemã. No período seguinte, sua média de gols melhorou de forma significativa. Apenas um jogo a mais, 37, mas foram 22 vezes em que as redes foram balançadas, sendo 16 na Liga Alemã e seis na Copa Alemã. Na atual temporada a média de gols pelo Hoffenheim voltou a cair. Em 28 jogos, foram apenas oito gols, seis na liga e dois na copa.

Na seleção brasileira, Roberto Firmino ainda tem uma trajetória inicial. Apenas quatro jogos. Mas com o gol da vitória contra o Chile, já são dois o número de vezes que balançou as redes de países adversários. O primeiro gol foi na segunda vez que vestiu a amarelinha, em amistoso contra a Áustria em 2014 – a estreia foi uma semana antes, contra a Turquia, quando substituiu Luiz Adriano no segundo tempo. Neste ano, além de enfrentar os chilenos marcando o gol da vitória, também esteve em campo no jogo contra a França.

Firmino começou sua carreira em 2008, no sub-17 do CRB, de Alagoas. Se transferiu para o Figueirense em 2009 e jogou pelo sub-20 do clube catarinense até 2010, quando se profissionalizou. No mesmo ano foi negociado ao Hoffenheim. Atualmente, o jogador é especulado em diversos clubes da Europa. Um deles é o Atletico de Madrid. O brasileiro seria uma prioridade do técnico argentino Diego Simeone segundo publicações europeias.

O conteúdo expresso neste blog é de inteira responsabilidade do seu autor

Revista: Atlético quer contratar Firmino, e brasileiro aprova ida para a Espanha

Como são as coisas… O retorno do blog

Desde quando dei uma pausa sem prazo determinado, sempre pensei a propósito de um retorno do blog. No entanto, por conta da vida corrida e pelo apreço aos momentos de ócio nas folgas do trabalho (que na verdade não me deixa de folga nunca, porque trabalho com esporte e o esporte me acompanha em qualquer momento, porque gosto) a ideia não costumava ganhar força.

Pois bem…

Desde janeiro, mais ou menos (comecei a monitorar isso pra valer em março), a página de fãs do Fator Futebol no Facebook começou a ganhar cliques de uma forma que é totalmente maluca. Inesperada e incompreensível, também. Não que eu julgue meu blog uma merda tal que fosse impossível que alguém se interessasse. Mas quando estava na ativa com postagens quase diárias (o que compreende um espaço de tempo de 11 meses), eram cerca de 170 fãs. Passados 17 meses de inatividade (ou, para ser mais exato, um ano e cinco meses), a página atingiu 676 fãs (e deve aumentar nas próximas horas).

Não, eu não faço a menor ideia de qual foi o motivo para 506 pessoas passarem a curtir o Fator Futebol. Na verdade, ainda não descobri ao certo.

É possível – e o mais provável – que tenha sido através de “gougadas” (não sei escrever essa expressão em inglês mas que é tão usada em português). Algum ou alguns posts deste blog devem ter passeado com muita vontade pela internet convencendo pessoas a clicarem em like/curtir lá no Facebook.

Sim, porque tem contagens de visitas no painel de acessos. Não é muita coisa, mas chega a ser uma motivação. E mais, tínhamos comentários para serem aprovados, o que motivou mais ainda. Mas o suprassumo nem foi o simples fato de haver comentários. O que me fez definir de vez sobre o retorno do blog é que quase todos esses comentários pendentes de um blog inativo eram elogiosos.

Existe motivo melhor do que esse?

Fator Futebol volta praticamente com a mesma linha editorial antes do hiato. Será possível encontrar postagens sobre curiosidades, análises, história e frases especiais ditas por personalidades do futebol.

Aos poucos vou publicando os novos posts. Só não é possível garantir uma frequência frenética.

Ah, mais uma coisa. Espero que o volume de likes/curtidas no Facebook aumente. Ou pelo menos continue na mesma proporção. Você, que leu esse texto, já foi lá deixar seu clique?

O conteúdo expresso neste blog é de inteira responsabilidade do seu autor.

Um abraço!

Motivo da pausa

Eu não estou tendo mais tempo para me dedicar ao Fator Futebol. E isso não é algo que eu reclame, pois profissionalmente estou vivendo um momento agradável, aprendendo e praticando aquilo que gosto: a escrita.

Este blog foi criado há pouco tempo (novembro de 2012) e rapidamente sofreu uma profunda mudança editorial. As postagens com cunho histórico e curioso foram nascendo. Fiz um texto, outro, e quando vi estava dando um rumo que nasceu de forma espontânea.

Podia retomar as atividades por aqui fazendo posts menores, mais simples, que me dessem menos trabalho. Mas blog é uma bola de neve. Quanto mais você posta, mais você esconde os textos anteriores. Talvez seja frescura minha, mas não quero esconder os posts mais históricos, que me deram trabalho de pesquisa e apuração, com textos que sigam outro estilo.

É bem provável que em breve eu crie outro blog. Já criei alguns desde 2007… E não quero ficar criando, aposentando, criando outro. Por isso venho pensando em fazer algo que me dê a liberdade de postar de acordo com a proposta do momento, seja ela de qual tema for.

E quando eu criar, passo aqui para deixar um link. Aquilo que por aqui foi postado, permanecerá como acervo.

Abraço!

 

A rivalidade carioca ressurge das cinzas com Flamengo e Botafogo

Edilson e Carlos Eduardo disputam a bola no jogo de ida, que foi 1 a 1.  (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
Edilson e Carlos Eduardo disputam a bola no jogo de ida, que foi 1 a 1. (Foto: Satiro Sodré / SSPress)

Os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro nunca deixaram de lado a rivalidade uns com os outros desde as respectivas fundações. Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo não se privaram de fazer jogos memoráveis nos últimos anos, mesmo sem o tradicional palco do Maracanã, mesmo sem as memoráveis presenças de público de outrora, mesmo sem grandes jogadores como nos bons tempos. No entanto, apesar de toda a grandeza inabalável, a alma da rivalidade carioca estava em baixa.

Quem frequenta estádio religiosamente tenderá a discordar deste texto. Mas estará usando uma visão um pouco desigual. Porque ocupar um lugar numa arquibancada para assistir uma partida de futebol é uma emoção sem igual, mesmo se o time estiver numa situação ruim. O sofrimento (ou a felicidade) in loco não se compara ao sentimento do torcedor que vê tudo do sofá, à distância.

Mas clássico que é clássico, rivalidade que é rivalidade, é aquela que paralisa a cidade. É aquela que vira ‘o assunto’ dias antes do jogo. É aquela que faz os torcedores envolvidos pensarem no tal duelo quando acordam, quando almoçam, quando estão no trabalho, quando jantam, quando conversam até com quem não acompanha futebol. Simplesmente porque não está conseguindo segurar a ansiedade.

Embora a torcida do Flamengo tenha esgotado sua carga de ingresso, enquanto a do Botafogo compra numa quantidade bem inferior, desde o apito final da última rodada do Campeonato Brasileiro que o jogo de volta entre os dois pelas quartas de final da Copa do Brasil virou o assunto principal do Rio de Janeiro (ainda que a presença do Vasco na zona de rebaixamento seja um tema concorrente bem forte).

Está na boca das torcidas o fato do Fla ter mantido um tabu até o último jogo dos dois pelo Brasileirão que, com a vitória botafoguense, mudou de lado. Agora os alvinegros gozam dos três anos sem derrota para o rival rubro-negro pela principal competição do país. Esse é um dos fatores que fazem o flamenguista não aceitar uma eliminação para o rival na Copa do Brasil. Também é um dos motivos que faz o botafoguense querer ainda mais a classificação em cima do oponente que acostumou a rivalizar durante tanto tempo.

A rivalidade carioca ressurge das cinzas. Dois clubes do Rio de Janeiro duelam numa fase decisiva de um torneio nacional. A expectativa do confronto pode ser sentida por todos os cantos. E os amantes do futebol da Cidade Maravilhosa torcem por mais jogos com essa importância. O futebol não tem tanta graça sem momentos como esse.

Roma desbanca Juventus, Milan e Inter na busca pelo quarto scudetto

Entra jogador no clube, sai jogador do clube e Totti continua sendo soberano. Foto: Reuters
Entra jogador no clube, sai jogador do clube e Totti continua sendo soberano. Foto: Reuters

A Roma está desbancando os teoricamente favoritos ao scudetto. Enquanto Juventus, Milan e Inter – sendo que esses dois últimos, no papel, não se mostram tão favoritos assim – lutam para chegar a ponta do campeonato italiano, os romanos lideram a competição com 18 pontos após seis rodadas. O time da capital italiana já bateu o Livorno (2 x 0 fora); o Hellas Verona (3 x 0 em casa); o Parma (3 x 1 fora); a Lazio (2 x 0 em casa), a Sampdoria (2 x 0 fora) e no último domingo, 29, o Bologna por 5 a 0 no estádio Olímpico de Roma.

Nas últimas dez temporadas, Os Giallorossi bateram na trave cinco vezes terminando a liga italiana com o vice-campeonato em 09/10, 07/08, 06/07, 05/06 e 03/04. O último título conquistado foi em 00/01. Os outros dois foram em 41/42 e 82/83.

Visando a temporada atual, a Roma deu uma verdadeira repaginada no seu elenco. Dentre os jogadores que foram dispensados e contratados por outras equipes, 33 deixaram o clube. Outros dez chegaram, entre eles o brasileiro Maicon, que ensaia um retorno a titularidade da Seleção Brasileira e o marfinense Gervinho, que veio do Arsenal e até pouco tempo era visto como uma valiosa promessa do país africano.

No próximo sábado, 5, a Roma viaja até Milão para enfrentar a Internazionale. Uma vitória representará muito mais do que a manutenção dos 100% de aproveitamento. Os giallorossi estão doidos para confirmar de vez que entraram na temporada para levantar troféus. Confira as posições finais da Roma nas últimas dez temporadas do campeonato italiano:

Temporada 12/13: sexto lugar;

Temporada 11/12: sétimo lugar;

Temporada 10/11: sexto lugar;

Temporada 09/10: segundo lugar;

Temporada 08/09: sexto lugar;

Temporada 07/08: segundo lugar;

Temporada 06/07: segundo lugar;

Temporada 05/06: segundo lugar;

Temporada 04/05: oitavo lugar;

Temporada 03/04: segundo lugar;

Temporada 02/03: oitavo lugar

Artista retrata jogos do Liverpool em cartões postais

Vitória sobre o Stoke City na estreia da Premier League, rendeu um postal ao Liverpool. Foto: reprodução
Vitória sobre o Stoke City na estreia da Premier League, rendeu um postal ao Liverpool. Foto: reprodução

As três primeiras vitórias do Liverpool na Premier League (Stoke City, Aston Villa e Manchester United), todas por 1 a 0, inspiraram o artista plástico britânico Dave Will a criar cartões postais retratando os jogos. Além das partidas citadas, ele também já fez das outras duas que os Reds disputaram: 2 x 2 com o Swansea City e derrota por 1 a 0 para o Southampton.

As más línguas podem até levantar a questão se Dave está trazendo azar para o time, pois desde que ele começou o trabalho as vitórias pararam de acontecer. Mas mesmo assim, o artista pretende continuar. A ideia dele é fazer postais dos 38 jogos da liga inglesa.

Após cinco rodadas, o Liverpool ocupa a quinta posição com 10 pontos e se prepara para enfrentar o Sunderland. O Arsenal lidera com 12; seguido de Tottenham, também com 12; Manchester e Chelsea, que estão com 10.

Confira abaixo os demais postais, altamente colecionáveis, criados por Dave Will:

aston villa

man utd

swansea

south

De 2005 a 2012, Paulista foi campeão e clássico estadual decidiu Copa do Brasil

Victor e Réver, campeões da Libertadores pelo Atlético-MG, venceram a Copa do Brasil com o Paulista em 2005. Foto: Daryan Dornelles
Victor e Réver, campeões da Libertadores pelo Atlético-MG, venceram a Copa do Brasil com o Paulista em 2005. Foto: Daryan Dornelles

Dando continuidade ao especial de posts sobre os campeões da Copa do Brasil, neste vamos falar dos vencedores de 2005 a 2012. No período, a competição teve pela primeira vez um clássico estadual numa decisão, entre Flamengo e Vasco. Também teve time pequeno sendo campeão e o Corinthians conquistando o tri. Clique aqui para recordar as equipes que levantaram o troféu de 1989 até 1996 e aqui as que conquistaram de 1997 até 2004.

2005 – Campeão: Paulista

Foi a primeira vez que um time pequeno alcançou a conquista máxima da Copa do Brasil. O Paulista de Jundaí bateu o Fluminense na final ao vencer o primeiro jogo por 2 a 0 e empatar o segundo, no Maracanã, por 0 a 0.

O torneio contou com 64 participantes. Foram 331 gols em 117 jogos, média de 2,83. O Cruzeiro aplicou a maior goleada, 7 a 0 no Sergipe, e teve o maior artilheiro, Fred com 14 gols.

2006 – Campeão: Flamengo

Pela primeira vez na história da competição, dois clubes do mesmo estado fizeram a final. Em duas partidas realizadas no Maracanã, o Flamengo bateu o Vasco por 2 a 0 e depois por 1 a 0.

A Copa seguiu com 64 times. Dessa vez foram 343 gols em 113 partidas, média de 3,04. O Vasco da Gama fez o placar mais elástico, ao golear o Botafogo-PB por 7 a 0, e o artilheiro, que foi Valdiram com sete gols.

2007 – Campeão: Fluminense

Após ser vice em 2005, o Fluminense voltava a uma final de Copa do Brasil, dessa vez para ser campeão. Empatou com o Figueirense no Maracanã por 1 a 1 e venceu em Florianópolis por 1 a 0.

Novamente com 64 participantes, foram 327 gols em 115 jogos, média de 2,84. Três resultados registraram as maiores goleadas da edição: Náutico 6 x 0 Parnahyba, Fluminense 6 x 0 Adesg e Vasco 6 x 0 Fast Clube. Os artilheiros foram André Lima, pelo Botafogo; Dênis Marques, pelo Atlético-PR; Dimba, pelo Brasiliense e Victor Simões, pelo Figueirense, todos com cinco gols.

2008 – Campeão: Sport

A edição de 2008 marcou o aniversário de 20 anos da Copa do Brasil. Na decisão, o Sport perdeu para o Corinthians em São Paulo por 3 a 1 e venceu no Recife por 2 a 0.

Mantendo o número de 64 participantes, foram 342 gols em 111 partidas, média de 3,08. O Atlético-MG aplicou a maior goleada ao bater o Palmas por 7 a 0. Edmundo, pelo Vasco e Romerito, pelo Sport, foram os artilheiros com seis gols.

2009 – Campeão: Corinthians

Após perder o título no ano anterior, o Corinthians conquistou o tri ao bater o Internacional na final. Vitória em São Paulo por 2 a 0 e empate em Porto Alegre por 2 a 2.

Manteve-se a quantidade de 64 times. Foram 315 gols em 115 partidas, média de 2,74. As maiores goleadas foram: Atlético-MG 5 x 0 Itabaiana, Ponte Preta 6 x 1 Vilhena, Bahia 6 x 1 Potiguar e Internacional 5 x 0 Guarani. Taison, do Inter, foi o artilheiro com sete gols.

2010 – Campeão: Santos

Encantando o país com a dupla Neymar e Ganso, o Santos foi campeão ao bater o Vitória por 2 a 0 na Vila Belmiro e ao perder por 2 a 1 no Barradão, saindo com a conquista pelo saldo de gols.

Foram 64 times participando, com 340 gols em 116 jogos, média de 2,93. A maior goleada foi do Santos, que venceu o Naviraiense por 10 a 0. Neymar, com 11 gols, foi o artilheiro.

2011 – Campeão: Vasco

O Vasco da Gama foi o campeão por ter feito gols na casa do adversário. Em São Januário venceu por apenas 1 a 0. No Couto Pereira saiu derrotado, também por um gol de diferença, mas marcou dois. O jogo foi 3 a 2.

Também com 64 equipes, foram 315 gols em 111 jogos, média de 2,84. A maior goleada foi do Atlético-MG, que venceu o Iape por 8 a 1. Os goleadores foram Alecsandro, pelo Galo; Rafael Coelho, do Avaí; Adriano e Kléber, pelo Palmeiras, todos com cinco gols.

2012 – Campeão: Palmeiras

Foi uma edição em que a Copa do Brasil teve um campeão que acabou rebaixado pelo Campeonato Brasileiro ao final da temporada. O Palmeiras venceu o Coritiba por 2 a 0 em Barueri e empatou no Couto Pereira por 1 a 1.

Mantendo a quantidade de 64 times, foram 319 gols em 112 jogos, média de 2,85. A maior goleada foi do Cruzeiro, que venceu o Rio Branco por 6 a 0. O artilheiro foi Luis Fabiano, pelo São Paulo, com oito gols.

Primeira visita ao Maracanã depois da reforma gera impressão positiva

Serviços como de informação e bar, superaram as expectativas. Foto: Uma gringa simpática
Serviços como de informação e bar superaram as expectativas. Da esquerda para direita: Rodrigo, André, Luiz e Wilson. Foto: uma gringa simpática

Quando saí da estação do metrô, ainda na rampa de acesso, fiquei olhando admiradamente para o Maracanã. Não por alguma mudança ocasionada pelas obras, mas sim por estar mais uma vez diante do templo que me fez e até hoje me faz ter a exata noção do que é o futebol.

Enquanto os amigos de Minas Gerais, André Peixoto, Luiz Felipe Nunes e Rodrigo Souza Alexandre tiravam fotos aproveitando o favorável ângulo disponível no início da insubstituível rampa que liga o metrô a entrada do estádio, passava um filme pela minha cabeça das várias emoções vividas dentro do Maracanã.

Na volta quase completa que demos em torno do estádio para comprar os ingressos de Botafogo 1 x 2 Bahia, uma enorme quantidade de pessoas vestidas a caráter se colocavam a nossa disposição nos oferecendo qualquer tipo de informação que precisássemos. E graças a esse serviço informativo não perdemos tempo na bilheteria errada nem na fila desnecessária.

Ao entrar no estádio, antes mesmo de chegar à arquibancada, outra surpresa. As novas lanchonetes estão com uma roupagem – bem mais simpática e moderna – completamente diferente do antigo (e histórico) Maraca. Mais surpreendente ainda é que ao contrário do que imaginávamos, havia uma agradável gama de opções de comida e bebida com preços dentro de uma realidade para tal.

Ao completarmos a passagem pelo túnel de acesso, a visão que estávamos tão ansiosos para ter. A beleza que até então eu tinha constatado pela televisão se confirmou ao vivo e a cores. Diferente, é verdade. Bem mais contemporâneo, praticamente outro estádio.

É óbvio que o antigo formato do Maracanã ficará eternamente guardado na memória do torcedor carioca, ainda mais porque existiu numa época de verdadeiros clássicos, de arquibancada transbordando de gente, de bandeiras e bandeirões para todo tipo de festa. Hoje temos uma nova aparência, bem mais moderna. Mais bonito ou mais feio é subjetivo, vai da opinião de cada um. O fato é que isso é uma questão de costume.

Evidentemente, se os outros três grandes clubes do Rio de Janeiro, assim como o Botafogo, estivessem fortes, e se o preço do ingresso fosse mais acessível (o Glorioso já não está cobrando tão caro, o Fluminense está fazendo uma promoção calorosa e o Flamengo está diminuindo o valor aos poucos) esse processo de aproximação do gosto popular com o novo Maraca seria bem mais natural.

A tarde/noite foi bastante agradável no novo principal estádio do Rio de Janeiro na companhia dos amigos mineiros. E para finalizar, um pedido a todos. Vamos cultivar nossa rica história futebolística. Por aqui, nada de arena. É estádio de futebol mesmo!

Será muito mais fácil se acostumar com o novo Maraca quando ele passar a ficar verdadeiramente cheio. Foto: Luiz Felipe Nunes
Será muito mais fácil se acostumar com o novo Maraca quando ele passar a ficar verdadeiramente cheio. Foto: Luiz Felipe Nunes